Os lançamentos de dados são mesmo aleatórios… ou estamos todos sendo enganados? 🎲


Afinal… jogar dados é confiar na sorte ou só na nossa ignorância?

Todo mundo adora acreditar que, ao lançar um dado, está entregando o destino ao puro e imaculado acaso. Que lindo! Que ingênuo! A ideia de que qualquer número tem a mesma chance de aparecer é justamente o que move os apostadores, os RPGistas e, claro, os viciados na roleta.

Mas — e sempre tem um “mas” — sentimos informar: não é bem assim. A ciência, essa chata, já mostrou que lançar dados pode ser menos aleatório do que parece. Prepare-se para ter sua infância lúdica destruída.


O lançamento de dados: pura sorte… ou pura física?

Segundo pesquisadores da glamourosa Universidade Técnica de Lodz, na Polônia, jogar dados não é uma dança aleatória do caos: é só mais um sistema previsível, desses que a física adora estragar pra gente.

Em um estudo de 2012, os cientistas disseram com todas as letras: “o lançamento de dados não é aleatório nem caótico”. Traduzindo: se você souber tudo sobre o lançamento — ângulo, força, rotação, etc. — pode prever o resultado. Claro, ninguém tem esse nível de precisão… exceto talvez aquele seu amigo que passa três horas analisando fichas de RPG.


Persi Diaconis: o homem que tirou a sorte dos dados

O matemático Persi Diaconis, de Stanford (ou seja, não é qualquer um), jogou mais gasolina na fogueira: ele explicou que cada lançamento de dado envolve 12 variáveis físicas. Doze! E no fim… só saem seis resultados possíveis.

Ou seja: dependendo de como você lança, o dado já está praticamente “decidido”. Mas calma! Antes de você começar a acusar o universo de trapaça, saiba que pequenas mudanças — tipo aquele espasmo involuntário ou sua falta crônica de coordenação motora — podem alterar tudo.

Como o próprio Diaconis resumiu: o dado parece aleatório porque você é incapaz de lançar exatamente da mesma forma duas vezes. A sorte não existe… só a sua falta de habilidade mesmo.


E por que continuamos achando que é aleatório?

Porque é confortável! E também porque a maioria das pessoas não quer saber que precisa de um doutorado em física para prever o próximo “6” no Monopoly.

E tem mais: o próprio design dos dados bagunça as coisas. Segundo Diaconis, o lado com seis furinhos é mais leve (porque, né, mais furos = menos massa). Então, tecnicamente, a face oposta ao “6” tende a ser mais pesada. Resultado? Desequilíbrios marotos que influenciam cada jogada.

Ah, e os dados de RPG? Um clássico! O famoso D20 já foi alvo de testes e adivinha? A face 14 aparecia bem menos. Culpa de um “brilho” plástico deixado no molde de fabricação, bem na face oposta. Ou seja, até o acabamento meia-boca decide seu destino nas aventuras medievais.


Então… posso controlar os dados?

Em teoria, sim. Na prática? Só se você for um robô super preciso ou um físico maluco com tempo sobrando. Para nós, meros mortais, os lançamentos continuarão parecendo aleatórios — e isso basta pra manter a graça (ou o vício) do jogo.

Resumindo: os dados são tão aleatórios quanto aquele seu amigo que sempre some quando chega a conta do bar. Não é sorte, é física… e um pouquinho de autoengano também.


Agora vai lá, role seus dados… e finja que o destino está decidindo. 😉