Projeto propõe restrição de horário para veiculação de anúncios (Crédito: Seventyfour / Shutterstock)

Senado proíbe artistas e influenciadores em publicidade de bets🎰

Nesta quarta-feira (28), o Senado Federal decidiu dar um “chega pra lá” na farra publicitária das casas de apostas. Por votação simbólica, foi aprovado o Projeto de Lei nº 2.985/2023, que estabelece uma série de restrições para a divulgação dessas plataformas no Brasil.

Entre as mudanças, a mais polêmica: nada de artistas, influenciadores ou atletas (mesmo como figurantes!) estrelando comerciais das famosas bets. O único jeitinho aceito é se o atleta estiver aposentado há, pelo menos, cinco anos — ou seja, Neymar, por enquanto, tá fora dessa.

📵 Restrições mais duras do que final de novela

O Senado aprovou um projeto que proíbe artistas, influenciadores e atletas em campanhas de apostas online, mas as limitações vão muito além das celebridades. A publicidade agora também não pode:

  • Sugerir que apostar vai resolver sua vida financeira;
  • Prometer retorno garantido ou renda extra;
  • Usar mascotes, desenhos ou qualquer apelo ao público infantil e adolescente.

Além disso, todas as campanhas devem exibir o alerta:

🧠 “Apostas causam dependência e prejuízo a você e à sua família.”

 Horário eleitoral das bets

As propagandas agora têm hora certa pra aparecer. Confira o novo cronograma da alegria:

  • TV, redes sociais, streaming e sites: das 19h30 à meia-noite;
  • Rádio: das 9h às 11h e das 17h às 19h30;
  • Durante eventos esportivos: só 15 minutos antes e depois do jogo.

Estádios e arenas ainda podem exibir logomarcas de casas de apostas, mas apenas se houver naming rights válidos ou patrocínio direto no evento.

 Clube pode, mas com limites

Clubes patrocinados por casas de apostas também terão novas obrigações. A logomarca da bet está proibida:

• Em uniformes de atletas menores de idade;

• Em roupas vendidas para crianças e adolescentes.

 Transição com cronômetro ligado

O texto, de autoria do senador Carlos Portinho (PL-RJ), já foi aprovado na Comissão de Esportes e agora segue para a Câmara dos Deputados.

Se virar lei, as mudanças precisam ser implementadas em:

  • 3 meses para emissoras, influenciadores e atletas;
  • 12 meses para estádios, arenas e eventos esportivos.

E tudo isso em meio à CPI das Bets, que convocou nomes de peso como Virgínia Fonseca e Rico Melquíades para explicar o impacto dessas campanhas no bolso do brasileiro.

👀 O que esperar daqui pra frente?

O Senado aprovou um projeto que proíbe artistas, influenciadores e atletas em campanhas de apostas online, deixando claro que o objetivo é proteger o consumidor — especialmente o mais jovem — dos encantos exagerados e promessas mirabolantes do mundo das apostas digitais.

A pergunta que fica é: será que a nova legislação vai de fato conter os abusos ou só mudar o jogo de lugar?

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